PASTOR CELSO SOARES NETO

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

HOMILÉTICA

CONHECIMENTOS DE

 

HOMILÉTICA

 

A ARTE DE PREGAR SERMÕES RELIGIOSOS






Dedicatória:

            A todos aqueles que são “nascidos de novo” (João 3), para que possam estar firmes na Palavra, conhecendo as profecias, crendo nelas, observando os sinais dos tempos, para que não sejam “confundidos por Ele na Sua vinda” (1 Jo 2:28), “Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem” (1 Pe 2:12). Sabendo, principalmente, que: “... ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará” (Hb 10:37).
            Aos ainda não salvos, com a esperança de que se arrependam e creiam, o quanto antes (Lucas 12:20), no Senhor Jesus Cristo, ÚNICO caminho que leva ao Pai (João 14:6), sabendo que “em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At. 4:12).
             E, principalmente:

“... ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém”.
(1Tm 1:17)








SOBRE VERSÃO

 

Pastor Celso Soares Neto, filho de Pedro Maria Filho e Zilda Maria de Jesus, nascido em 15/01/1967, na cidade de Dores do Indaiá/MG a Avenida da Saudade 181 (conhecida com Beco do Cemitério),  onde vivi com meus pais e 14 (quatorze) irmãos, todos filhos de um mesmo casamento. Criado com muito amor e disciplina, também com grandes dificuldades financeiras.

Minha mãe padecia de diversas enfermidades, sendo assim fui praticamente criado por minhas duas irmãs Márcia e Aparecida.

Vim para Belo Horizonte aos 17(dezessete) anos para trabalhar no Banco Mercantil do Brasil, onde trabalhei por 11 (onze) anos, fui criado nesta época por minha irmã Branca e seu esposo Amadeu no qual foram meus segundo pais, de onde sai para casar em 1990.

Já casado passamos 06 (seis) anos sem Jesus em nosso casamento, mas faço menção ao meu cunhado Gerson Lopes Cançado, (in memorian) esposo da minha irmã Maria José, que muito me falava sobre Jesus, dando-me um Novo Testamento cumprindo assim em minha vida a palavra do Senhor que a semente (palavra) lançada não voltará vazia, também a minha amada sogra Maria das Mercês de Souza (in memorian) que tanto orou por mim e minha esposa.

Casamos-nos na Igreja Batista do Barreiro, casamento celebrado pelo Pastor Carlos (conhecido como Carlão).

No tempo determinado por Deus, aceitei Jesus na Igreja Pentecostal Jesus é Amor, liderada pela Missionária Nilza, minha mãe na fé. Fui muito auxiliado,  por minha cunhada Mercês Maria, que aliás tem me ajudado espiritualmente até nos dias de hoje. Ao aceitar Jesus fui chamado para fazer parte do quadro de ceifeiros de sua obra, onde fui pastor por 04 (quatro) anos no Bairro Sol Nascente em Ibirité/MG.

Sendo direcionado pelo Senhor vim para Igreja Pentecostal Varões de Guerra, Congregação João Gomes Cardoso, onde permaneço até esta data, sendo pastor dirigente. Fui recebido pelo pastor presidente Ralph A. Assé, que me confiou a liderança desta igreja.

 

 

 



FORMAÇÃO TEOLÓGICA E ACADÊMICA


Médio em Teologia

STPMG - Seminário Teológico Pentecostal de MG

Registro: Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas nº 58.306, Livro A, Folha 3 e 4, CNPJ 16.748.089/0001-09

Capelania Cristã

ALACE - Associação Latino Americana de Capelania Evangélica

Registro do diploma: 2º cartório de registro de títulos e documentos de BH, nº 88.4683

Bacharel em Teologia Ministerial

ALACE - Associação Latino Americana de Capelania Evangélica

Registro: nº 11.9760, Lei Federal nº 10.51169, livro A, CNPJ 07.618.054/0001-04, com sede a Avenida Afonso Pena, 262/2009, Centro BH/MG

Registro do Aluno: 0209/05

Registro do diploma: 90.2832, no 2º cartório de registros e documentos/BH

Obs.: Nenhuma destas formações teriam sentido na minha vida se não fosse a presença viva e real do Espírito Santo de Deus no qual sempre agradeço essa dádiva que me foi concedida gratuitamente pela graça no Nosso Senhor e Salvador Jesus, que tributo toda honra glória e louvor para Ele e por Ele até o fim dos séculos. Amém.


Bacharel em Administração (incompleto)

Instituto J. Andrade de Ensino Superior

Juatuba /MG

Registro do aluno: 11.01723



HOMILÉTICA I
a arte de preparar e pregar sermões]

DEFINIÇÃO DO TERMO
O termo Homilética é derivado do Grego "HOMILOS" o que significa multidão assembléia do povo, derivando assim outro termo, "HOMILIA" ou pequeno discurso do verbo "OMILEU" conversar.
O termo Grego "HOMILIA" significa um discurso com a finalidade de Convencer e agradar. Portanto, Homilética significa "A arte de pregar".
A arte de falar em público nasceu na Grécia antiga com o nome de Retórica. O cristianismo passou a usar esta arte como meio da pregação, que no século 17 passou a ser chamada de Homilética.
Vejamos algumas definições que envolvem essa matéria:
Discurso - Conjunto de frases ordenadas faladas em público.
Homilética - É a ciência ou a arte de elaborar e expor o sermão.
Oratória - Arte de falar ao público.
Pregação - Ato de pregar, sermão, ato de anunciar uma notícia.
Retórica - Conjunto de regras relativas a eloqüência; arte de falar bem.
Sermão - Discurso cristão falado no púlpito.
FINALIDADE
O estudo da Homilética abrange tudo o que tem a ver com a pregação e apresentação de práticas religiosas: como preparar e apresentar sermões de maneira mais eficaz.
IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA
Sendo a HOMILÉTICA a "Arte de Pregar", deve ser considerada a mais nobre tarefa existente na terra. O próprio Jesus Cristo em Lucas 16 : 16 disse: Ide pregai o evangelho...
Quando a Homilética é observada e aplicada, proporciona-se ao ouvinte uma melhor compreensão do texto.
A observação da Homilética traz orientação ao orador.
A ELOQUÊNCIA
ELOQUÊNCIA é um termo derivado do Latim Eloquentia que significa: Elegância no falar, Falar bem, ou seja, garantir o sucesso de sua comunicação, capacidade de convencer. É a soma das qualidades do pregador.
Não é gritaria, pularia ou pancadaria no púlpito. A elocução é o meio mais comum para a comunicação; portanto deve observar o seguinte:
1. Voz - A voz é o principal aspecto de um discurso.
Audível -Todos possam ouvir.
Entendível- Todos possam entender. Pronunciar claramente as palavras. Leitura incorreta, não observa as pontuações e acentuações.
2. Vocabulário - Quantidade de palavras que conhecemos.
Fácil de falar - comum a todos, de fácil compreensão - saber o significado
Evitar as gírias, Linguagem incorreta, Ilustrações impróprias.
ALGUMAS REGRAS DE ELOQUÊNCIA
- Procurar ler o mais que puder sobre o assunto a ser exposto.
- Conhecimento do publico ouvinte.
- Procurar saber o tipo de reunião e o nível dos ouvintes.
- Seriedade, pois o orador não é um animador de platéia.
- Ser objetivo, claro para não causar nos ouvintes o desinteresse.
- Utilizar uma linguagem bíblica.
- Evitar usar o pronome EU e sim o pronome NÓS.
A POSTURA DO ORADOR
É muito importante que o orador saiba como comportar-se em um púlpito ou tribuna. A sua postura pode ajudar ou atrapalhar sua exposição.
A fisionomia é muito importe, pois transmite os nossos sentimentos, Vejamos:
- Ficar em posição de nobre atitude.
- Olhar para os ouvintes.
- Não demonstrar rigidez e nervosismo.
- Evitar exageros nos gestos.
- Não demonstrar indisposição.
- Evitar as leituras prolongadas.
- Sempre preocupado com a indumentária. (Cores, Gravata, Meias )
- Cabelos penteados melhoram muito a aparência.
- O assentar também é muito importante.
Lembre-se que existem muitos ouvintes, e estão atentos, esperando receber alguma coisa boa da parte de Deus através de você.
CARACTERÍSTICAS DE UM BOM SERMÃO
O sermão é caracterizado como um bom sermão não pela sua extensão e nem mesmo pelas virtudes do pregador, sejam intelectuais ou morais, mas pelas qualidades do sermão:
1. UNÇÃO
Todo sermão deve ter inspiração divina. Um sermão sem unção, ainda que tenha uma excelente estrutura, não apresentará poder para conversão, consolação e edificação.
Devemos lembrar que ao transmitir um sermão estamos não transmitindo conhecimento humano, mas, a Palavra de Deus, e esta é a única que penetra até a divisão da Alma e Espírito, portanto é fundamental a unção.
2. FIDELIDADE TEXTUAL
Fidelidade textual é importante, visto que os ouvintes estão atentos ao texto de referência ou ao tema escolhido. Há muitos pregadores que toma um texto como referência e depois se esquecem dele.
3. UNIDADE
Todo sermão tem um objetivo a ser alcançado. O seu conteúdo deve convergir para um único alvo.
"Há sermões que são uma colcha de retalho, uma verdadeira miscelânea de assuntos, idéias e ensinos".
4. FINAL
Tudo tem um começo e um final. O Pregador deve ter em mente que o ouvinte está se alimentando espiritualmente.
Um sermão bem terminado será muito produtivo ao ponto de despertar o desejo de querer ouvir mais.
RECOLHENDO MATERIAL
Quase toda pesquisa serve como base para sermões. Todavia, é verdade incontestável que, quanto mais instrução tem uma pessoa, tanto mais condição terá para preparar e apresentar sermões.
Toda pessoa que deseja ocupar-se na obra do Senhor, e especialmente falar diante do público, deve formar paulatinamente uma biblioteca segundo suas capacidades mentais e financeiras.
Os quatro primeiros livros a serem adquiridos e que dever servir como bases da sua biblioteca são: Bíblia de estudo; Dicionário bíblico; Concordância; Um comentário bíblico. Depois podem ir adquirindo outros, de acordo com as necessidades.
COMO PREPARAR UM SERMÃO
 1. DESCOBRIR O PENSAMENTO CENTRAL
O pensamento central é a mensagem, ou seja, é o Tema. Sempre procurar definir o tema no sentido positivo. Será que existe Deus? É um tema indesejado, pois suscitam mais dúvida do que fé. Como ser curado? É um tema sugestivo, pois fortifica a fé.
Em alguns casos o pregador fala o título (Tema) da pregação outras vezes não é necessário, porém no esboço é aconselhável colocar.
O orador deve ser um homem de Deus e que possui a mensagem de Deus e esta deve ter com fonte as Sagradas Escrituras.
O Título pode ser:
Imperativo Quando sugere uma ordem. (Ide Marcos 16.15 )
Interrogativo Quando sugere uma pergunta. (Que farei de Jesus? MT. 27.22)
Enfático Quando é reduzido. (Amor, Fé)
A mensagem pode Ter várias origens:
Através da leitura da Bíblia.
A Bíblia contém argumentos, respostas, exemplos, e ensinamentos para todos os seres humanos.
Cristo usou a Palavra de Deus (Bíblia) para combater a Satanás. A Palavra de Deus é a primeira fonte do pregador. Como fonte de inspiração para nossos sermões deve observar os recursos internos e os externos.
As literaturas religiosas e não religiosas.
Todas as literaturas podem ser fontes de inspiração para o pregador desde que esteja sob a orientação do Espírito Santo.
As fontes podem ser: jornais, revistas etc. Os livros religiosos são boas fontes de inspiração, pois constitui também na Palavra de Deus.
Em uma observação.
É uma rica fonte de inspiração, desde que o pregador esteja atento, pois Deus pode transmitir uma mensagem de várias maneiras.
Mateus 6:28 E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; o pregador deve observar: Rios, pedras, árvores, animais, etc.
Através da oração;
Na letra de um hino;
Em obras literárias (religiosa ou não ).
2. PREPARAR A INTRODUÇÃO
É o início da pregação.
O ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ouvintes, despertando-lhes o interesse para o restante da mensagem.
Pode até começar com uma ilustração, um relato interessante, porém sempre ligado ao tema do sermão.
Outro recurso muito bom é começar com uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador durante a mensagem. Se for uma pergunta interessante, a atenção do povo esta garantida até o final do sermão.
A introdução produz a primeira impressão aos ouvintes e esta deve ser boa.
Não é aconselhável ultrapassar os cinco minutos.
Nunca ( em hipótese alguma ) dizer que não está preparado ou foi surpreendido.
3. ESCOLHA DO TEXTO
É imprescindível a escolha de um texto que se relacione com o tema do sermão porém adequado. Vejamos o tipo de textos que devemos evitar:
Textos longos Cansam os ouvintes. (Salmo 119 )
Textos obscuros Causam polêmicas no auditório. (I Cor. 11:10 Véu)
Textos difíceis Os ouvintes não entendem. ( Ef. 1:3 Predestinação )
Textos duvidosos “E Deus não ouve pecadores" ( João 9:31 )
Texto é importante por quê?
- O texto chama a atenção dos ouvintes.
- O texto desperta o interesse em conhecer a Palavra de Deus.
- O texto ajuda na exposição do sermão.
- O texto facilita ao ouvinte entender o assunto exposto.
Devemos escolher o texto em toda a Bíblia e não somente no Novo Testamento.
4. ESCOLHER O MÉTODO APROPRIADO
De posse do pensamento central e o texto escolhido, deve-se determinar o método a ser utilizado. Existem muitos textos e temas que permitem a escolha de qualquer um dos métodos, porém há temas que não permitem.
CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO
O sermão é classificado por duas formas, a saber: pelo assunto ou pelo método, podendo ser discursivo ou expositivo.
1. Pelo assunto
- Doutrinário. É aquele que expõe uma doutrina. (Ensinamento )
- Histórico. É aquele que narra uma história.
- Ocasional. São aqueles destinados a ocasiões especiais.
- Apologético. Tem a finalidade de fazer apologia. (defender )
- Ético. É quando exalta a conduta e a vida moral e ética.
- Narrativo Quando narra um fato, um milagre.
- Controvérsia tem por finalidade atacar erros e heresias.
2. Pelo método
- Topical ou Temático.
É aquele onde a divisão faz-se pelo tema. Todas as divisões devem derivar do tema.
A melhor forma é fazer perguntas ao tema escolhido, tais como: Por quê? Como? Quando? O Que? Onde?
- Textual.
São aqueles onde a sua divisão encontra-se no próprio texto. É um método muito bom, pois oferece aos ouvintes a oportunidade de acompanhar, passo a passo a exposição do sermão.
- Expositivo.
Quando os textos são longos. Este pode expor uma história ou uma doutrina. ( Parábola, Milagre, Peregrinação, Pecado)
Em certo sentido todo sermão é expositivo, mas aqui indica a extensão do texto.
DIVISÃO DO SERMÃO
O Sermão deve possuir divisões, que permitem um bom aproveitamento do assunto que vai ser apresentado:
1. Introdução (Exórdio)
Tem por finalidade chamar a atenção dos ouvintes para o assunto que vai ser apresentado e também para o pregador.
Tem que ser apropriado e deve estar relacionado com o tema, mas cuidado para não antecipar o sermão.
Neste momento o pregador vai se familiarizar com o auditório, cuidado especial teve ser tomado quanto ao entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio.
Deve ser breve, é muito importante, pois é a primeira impressão produzida nos ouvintes. Pode conter: o anúncio do tema, texto a ser lido.

2. Texto
É trecho lido pelo orador, podendo ser um capítulo, uma história, uma frase ou até mesmo uma palavra.
Quando o texto é bem escolhido o pregador desperta nos ouvintes o desejo de conhecer mais a Palavra de Deus. Não devemos escolher textos proferidos por homens ímpios ou por Satanás. Escolha textos que tragam estímulo, lição etc. Evite textos que provoquem repugnância, gracejos ou que descrevem cenas da vida sexual.
3. O corpo
É a parte mais linda porque aqui se revela a Mensagem como Deus que dar.
É o mesmo que desenvolvimento do sermão.
O corpo é a seqüência das divisões do sermão e pode ter de 2 a 5 divisões (quanto mais divisões mais complexo ficará o sermão) e ainda conter subdivisões.
Deve chamar à consciência dos ouvintes para colocar em prática os argumentos expostos.
O pregador deve saber colocar em ordem as divisões, ou seja, os pontos que vão ser incluídos na mensagem; geralmente, convém ordenar os pontos a fim de que aumentem em força até terminar com o mais forte.
Esta é uma regra geral que pode ser aplicada a todos os pontos de ensinamento.
4. Conclusão
A conclusão é o fechamento do sermão e deve ser bem feita, um sermão com encerramento abrupto é desaconselhável.
A conclusão deve ser breve e objetiva. É um resumo do sermão, uma recapitulação e reafirmação dos argumentos apresentados.
Durante a conclusão pode efetuar um convite de acordo com a mensagem transmitida.
ILUSTRAÇÃO
A ilustração ajuda na exposição tornando claro e evidente as verdades da Palavra de Deus.
A ilustração atrai a atenção, quebrando assim a monotonia, e faz com que a mensagem seja gravada nos corações com mais facilidade.
As ilustrações também ajudam na ornamentação do sermão tornando-o mais atraente, porém o pregador deve ter o cuidado de não ficar o tempo todo contando "histórias".
Vamos comparar dois pregadores que estarão explicando o que é Ter fé.
Primeiro Pregador.
Ter fé é uma atitude da mente, da vontade, das emoções, em que todo o ser humano, conscientemente e inconscientemente, resolve comportar-se de acordo com certas verdades, percebido primeiramente pela mente, depois sentidas...
Segundo Pregador.
Um homem está se afogando. Ele grita desesperadamente e de repente vê a bóia que alguém lhe jogou. Com toda a força a agarra. Imediatamente se apóia nela. Está salvo! Isso é Ter fé.
Existem basicamente dois tipos de ilustrações.
Comparação da verdade que se deseja ilustrar com outra coisa ou situação bem conhecida, que seja semelhante, ex. " Eu sou o pão da vida ".
Caso concreto da idéia geral que se quer ilustrar, ex. " Paciência de Jó ".
APLICAÇÃO
É a arte de persuadir e induzir os ouvintes a entender e colocar em prática em sua vida. Pode ser feita ao final de cada divisão ou de acordo com a oportunidade.
Deve ser dirigida a todos, com muito entusiasmo apelando à consciência e aos sentimentos dos ouvintes
ENTREGANDO O SERMÃO
Para os que não estão acostumados a pregar, um dos problemas mais críticos é o nervosismo, sentem-se amedrontados, começam a tremer e transpirar, pensam que não vão achar o que dizer, ou vão esquecer-se e etc.
Não são apenas os novatos que sentem medo, ainda existem muitos com experiência que se sentem assim.
Apresentaremos 3 passos importante que o pregador deve dar para amenizar o nervosismo durante a pregação:
1. Respirar forte e relaxar,
2. Orar e crer no Senhor,
3. Estudar bem a mensagem.
Existem pregadores que cansam os ouvintes, pelo tempo, pelo despreparo ou até pela imprudência.
Há também aqueles que se movimentam como fantoches ou ficam estáticos como múmias.
Se puder não ultrapasse aos 45 minutos, procure evitar ultrapassar os limites, observe o auditório, não julgue que todos estão gostando, pois o "Amém, Amém" talvez seja para parar.
Procure olhar nos olhos das pessoas e nunca ficar olhando somente para uma única pessoa, nem mesmo para o relógio, parede, janelas, pés, teto ou ficar com os olhos fechados.


















MÉTODO DE PREPARAR E PREGAR SERMÕES.

Existem três métodos pelos quais os pregadores podem preparar e pregar:
1- Escrever e ler o sermão
Traz habilidade ao pregador em escrever, ter um estilo sempre correto, perfeito e atraente, visto que emprega as palavras com bastante cuidado e segurança.
Conserva melhor a unidade do sermão, evitando assim que o pregador vá para o púlpito nervoso e preocupado com vai falar.
Pode citar os textos bíblicos com bastante precisão, e gastar menos tempo em dizer o que tem a transmitir.
O pregador deve ter cuidado, pois este método traz alguma desvantagem tais como:
Muito tempo para escrever, fica preso a leitura e pode perder o contato com os ouvintes, não é simpático ao povo e nem todo pregador sabe ler de maneira que impressione.
2- Escrever, decorar e recitar o sermão
Possui muitas vantagens como exposto no método anterior, tem mais vantagem porque exercita a desenvolver a memória, e deixa o pregador livre para gesticular, parece mais natural.
Cuidado deve ser tomado, pois o pregador pode esquecer uma palavra ou frase, pondo assim em perigo todo o sermão é cair em descrédito.
3- Preparar um esboço e pregar
O pregador gasta menos tempo em preparar o sermão, habitua-se a desenvolver o pensamento e fica-se livre para gesticular.
O pregador fica livre para usar sua imaginação, criatividade e usar ilustrações que se lembrar no momento, também podem expandir seu temperamento emocional.
Este é o método mais utilizado na oratória.
Cuidados também devem ser tomados pois o pregador perde o hábito de escrever, pode se empolgar com a mensagem e esquecer o tema e o estilo não é tão apurado e elegante como os escrito.


ESTUDO BÍBLICO

Consistem os estudos bíblicos em escolher uma idéia central e depois, através da Bíblia, fazer um estudo das passagens que se relacionam com a idéia central. Para se conseguir isso, geralmente se necessita de uma concordância.
O segundo passo é escolher e determinar os pensamentos que vão ser usado como divisões do tema.
Depois escolher, dentre os muitos textos relacionados com o assunto, quais vão ser usados no desenvolvimento da exposição.
Geralmente se usa um ou dois textos, dos mais importantes e claros, no desenvolvimento de cada divisão.
Para desenvolver de maneira contínua a mensagem, e não ter que parar para procurar as passagens na Bíblia, convém copiá-las no esboço.
Essa forma de exposição tem muito valor, porque apresenta o ensinamento global da Bíblia referente a um assunto, e é fácil de desenvolver.

PREPARANDO SERMÕES
1. Sermão Topical ou Temático.
Como já estudamos, o sermão Topical é aquele cujas divisões são derivadas do Tema. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão Topical é a utilização das perguntas básicas?
Por quê? Quando? Como? Onde? O que?
Obs. Estas perguntas deveram ser feitas ao texto e não as pessoas.
Confissão
I João 1:9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
I - O que devemos confessar?
A ) Nossos pecados
B ) O Nome de Jesus
C ) O poder de Deus
II - Como confessar?
A ) Com sinceridade
B ) Com fé
III - Quando devemos confessar?
A ) Agora mesmo
B ) Ao ouvir a Palavra de Deus
IV - Qual o resultado da confissão?
A ) Paz
B ) Perdão
C ) Comunhão













CONHECIMENTOS DE HOMILÉTICA II

A ARTE DE PREGAR SERMÕES RELIGIOSOS


Como preparar sermões.

Como apresentar a mensagem de Deus.

 













LEITURAS: Mt 28:18; Mc 16:15-20; 11Tm 4:1-5.
 
INTRODUÇÃO: O que é Homilética?
A arte de bem falar em público (especialmente em púlpito); teoria da eloqüência.
Homilia: Prática sobre assuntos religiosos; seria discurso fastidioso sobre moral.
Como discurso religioso, falamos sobre a arte de bem falar no púlpito da igreja.
 

A igreja e a pregação do evangelho.

A suprema tarefa da igreja do Senhor Jesus Cristo, no mundo, é a evangelização, Mc. 16:15; Mt. 28:19; Jo. 20:21; At. 1:8. “Evangelizar significa proclamar a verdade "; boas novas.
Pregar: anunciar; ensinar sob forma de doutrina; aconselhar; inculcar; fazer sermões.
Sermão: discurso religioso, pronunciando no púlpito; prédica.
Púlpito: tribuna de onde pregam os sacerdotes; eloqüência sagrada.
 
A evangelização praticada pela igreja no período do novo testamento continua como modelo da igreja hoje, a modernidade não mudou a mensagem que Jesus, Pedro, Paulo e outros pregam.
Havia 2 pontos básicos na igreja inicial; At 5:42; 2:40-41; 4:4.
Praticava evangelismo pessoal, nas casas; de casa em casa; de pessoa em pessoa.
Praticava evangelismo em massa (campanhas ), no templo e para multidão, "com anzol e com rede".
É importante reconhecer que o evangelismo pessoal é o método tradicional mais eficiente para obter resultados positivos e profundos. Sempre tem decisões mais conscientes, Jo. 3:4-5.
Cada cristão deve ser uma testemunha ardente, do poder regenerador do evangelho e proclamá-lo.
 
A igreja tem muito a perder por se esquecer do evangelismo pessoal.
Evangelismo de massas é proveitoso e rápido, Mt. 24:14; com sinais, At. 3:5-6; 14:7-11.
Exige-se um bom conhecimento de cada proclamador, At 18:26; 1 Co. 3:9, é necessário preparação, pois você é um representante do rei dos reis e Senhor dos Senhores.  
 

A preparação

É indispensável estar preparado em duas áreas: espiritual e natural.
Na área espiritual temos que se preocupar com:
a) sua piedade pessoal; disponibilidade para Deus.
Piedade: respeito e amor, devoção às coisas religiosas.
b) Seu conhecimento da palavra, pois vai interpretar a palavra.
c) Sua fé e coragem.
d) Sua convicção de chamada junto com a reconhecida vocação cristã.
e) Sua humildade.
f) Seu espírito de oração, canal livre para a comunhão com o alto.
g) Sua visão da obra.
h.      Sua sensibilidade espiritual e uma unção plena do Espírito Santo.
Na área natural deve tomar cuidado com:
a) Seu desenvolvimento sóbrio e fecundo de sua inteligência.
b) Seu exercício continuo e sábio de sua memória.
c) Seu adestramento constante de dicção.
d) Seu cuidado dia e noite com saúde pessoal.
e) Aperfeiçoamento do idioma.
f) Sua expansão honesta, humilde e inteligente da cultura.
g.      Sua preparação psicológica.
Pregar o evangelho não é somente fazer discursos ou sermões, é falar em nome de Deus, 1Co. 1:21; Is. 52:7; Rm. 10:15. "Vamos dar a pregação o prestígio que o Senhor lhe deu e ele nos dará o êxito que ele mesmo conquistou.

Definições de Homilética  

"Homilética é a arte de pregar sermões religiosos".
"Estudo das maneiras de se preparar e apresentar a mensagem cristã".
II Tm. 2:15- Nós devemos nos preparar.
Gn. 49:21-"Formosos segundo o espírito de Deus".
Todo pregador é um edificador, Hb.3:4; 1Co.3:10. O pregador é o que anuncia a palavra certa no tempo certo, Pv. 25:11, Maçã significa alimento, ouro significa metal por excelência, prata significa redenção.

Características da pregação

Deve ser bíblica.
É um crime utilizar o púlpito e não pregar a bíblia. "Os pentecostais são acusados de incluir demasiadamente textos bíblicos em suas mensagens". Certamente aí está o segredo do crescimento, II Tm. 4:2a, nunca irá faltar na bíblia mensagens para o pregador, pois nela esta toda a fonte de verdade e inspiração.
Deve ser reduzida a uma expansão bíblica. Os ouvintes jamais irão reter na memória todas as verdades que escutam do pregador, então é necessário ter cuidado para centralizar a mensagem em Cristo Jesus e sua palavra.

A pregação deve conter mensagem  

Que produza efeitos positivos.    
A pregação não deve ser como um conto vulgar é uma forma de comunicação sublime, o pregador recebe de Deus uma mensagem, que então transformará aos homens. "Ele é veículo que levará". Exigem-se dedicação para se ter frutos na colheita.
O Pregador deve pregar somente a verdade. O mundo necessita de uma transformação, mudança de vida, de natureza, de costumes, que somente a verdade de Deus pode produzir.

A pregação deve ser com convicção

Todas as verdades que estão nas páginas da Bíblia são indiscutíveis, 1Pe 1:20-21; Jo 17:17.
Ninguém pode ter sucesso como pregador se não tiver convicção naquilo que prega.
O pregador tem que crer no fruto de sua semente. É melhor não pregar, do que pregar e não crer na própria pregação, Rm 10:8.
"Toda pregação de fé, tem sucesso".

Cristo deve ser o centro da pregação

A plataforma evangélica existe para que se pregue a Cristo.
Existem muitas maneiras de se começar uma pregação, porém há uma só maneira de se terminar: Apresentando a Cristo.
Nada, nem ninguém podem tirar-lhe o lugar na pregação.

Inicia-se a pregação partindo de um texto bíblico

Uma mensagem sem um texto Bíblico que a respalde, é como um trem sem os trilhos.
"Um texto sem contexto pode ser mero pretexto".
O pregador deve ser sábio ao escolher e utilizar o texto. O melhor comentário da bíblia continua sendo ela mesma.
É aconselhável pregar somente textos curtos e conhecidos do pregador.
"Aquele que não ordena seus pensamentos, não pode ser senhor de suas palavras".
"Ordene bem suas palavras e serás ouvido".
Não grite como louco: "O grito é a manifestação cabal de quem não tem o argumento".

Pregador e pregação simples tem bom resultado

Simplicidade não é desleixo nem falta de conhecimento. Não é ignorância.
Ritualismo, formalismo e artificialismo são os grandes inimigos do pregador,
11Co 11:3b. "A autoridade de Jesus não foi posta em dúvida por sua simplicidade".
Os gestos devem ser simples. A atenção do povo deve estar na palavra e não no orador. No final eles devem falar bem da pregação e não do pregador. (Fora com aquelas perguntas: Como você acha que eu fui? O povo gostou de mim?)
Devem-se evitar dois extremos: A imobilidade e a dramatização.
Pregador não é uma estátua, nem tampouco palhaço, artista.
Linguagem simples e não linguagem "chula".
Coração simples, como pombas, Mt 10:16. Nessa simplicidade evitará você de pregar por pão.
"Pregue para 5 como se estivesse pregando para mil; pregue para mil como se fosse 5; com a mesma simplicidade e entusiasmo".

A pregação tem três métodos:

Pode ser:
Textual. Examina um texto Bíblico literalmente e detidamente.
Expositiva. Exige muito conhecimento do pregador, pois vai fazer uma exposição lógica e objetiva do texto apresentado.
Por tópicos. Divide-se um texto em várias partes lógicas que exige argumentação progressiva até a aplicação final que é o clímax da mensagem.
Qualquer que seja o método é necessário ter-se um texto.
a.      O texto desperta interesse na Palavra de Deus.
b.      Inspira confiança na Palavra.
c.      Outorga autoridade ao pregador.
d.      Orienta o público baseado na Palavra.

Composição da mensagem (sermão)

São três partes que compõem um sermão:
Integrantes, não integrantes e auxiliares.
Integrantes:
a.      Introdução – começo "Sempre curto e objetivo".
b.      Corpo – a parte central.
c.      Conclusão – curta, simples e objetiva. "Não fique dizendo: "Já estou terminando"; pois acabará por mentiroso e tirando a atenção dos sinceros ouvintes.
Não integrantes:
a.      O texto das escrituras lido diante dos ouvintes.
b.      Tema – ligado ao texto, e o que irá conduzir a mensagem em perfeita unidade.
Há muitos temas:
Temas gerais: Fé, Salvação, Trindade....
Temas específicos; temas doutrinários; tema prático; tema evangelístico; tema ocasional.
c.      Duração – É necessário saber quanto tempo se tem para pregar. Hoje geralmente o tempo é muito curto, talvez por que muitos dirigentes não dão prioridade a santa Palavra, ou pensa que o povo não quer ouvir a Palavra.
Outros pensam que o povo os quer ouvir pelo resto da vida, e desandam a falar até o "raiar do dia"; quando se têm o que dar sempre terá gente para ouvir, duro é ficar 1 ou 2 horas ouvido "ladainha".
d.      Tipo de ouvintes – Fazer identificação dos ouvintes:
Idade, posição, lugar, temperatura, conhecimento do evangelho, sistema de som...
Elementos auxiliares: - São ao que dão corpo a mensagem, subsídio: Referências, história, ilustrações...
Pregar o evangelho não pode ser considerado uma aventura, uma profissão, um negócio. É um privilégio.
 

O conhecimento que o pregador deve ter da Bíblia

Quem deseja ser um bom pregador do Evangelho, deverá identificar-se com a Bíblia, conhecer sua origem, sua composição, estrutura, seu propósito, seu caráter e seus efeitos.
A Bíblia:
Escrita por mais ou menos 40 autores, durante um período de 16 séculos, é um verdadeiro milagre.
a.      É um livro para ser buscado, Jo 5:39, "Examinai-o".
b.      Crido, Jo 2:22.
c.      Lido, 1Tm 4:13. "Existe pregadores que nunca leram a Bíblia". Só copiam sermões, parecem papagaios: Só repetem o que ouviram outros pregarem.
d.      Recebido, 1Ts 2:13.
e.      Confirmado e aceito, At 17:11.
A inspiração da Bíblia é divina, obra do Espírito Santo, At 1:16; 11Tm 3:16; Hb 3:17; 11Pe 1:21; 11Pe 1:23-25; 11Sm 23:2; Êx 4:12...
66 livros em duas partes:
39 no Velho Testamento e 27 no Novo Testamento.
A pessoa central é Cristo, Lc 24:25-27; Jo 5:39; At 10:43.
O Velho Testamento foi escrito para nosso exemplo, 1Co 10:6,11.
Para compreender é preciso buscar ajuda do Espírito Santo, Lc 24:45; Sl 119:18.
Há muitos objetivos:
a.      Avisar aos crentes, 1Co 10:11.
b.      Manifestar o cuidado de Deus, 1Co 9:9-10.
c.      Ensinar e instruir, Rm 15:4.
d.      Aperfeiçoar o cristão para toda boa obra, 11Tm 3:16-17.
e.      Fazer o homem sábio para salvação, 11Tm 3:15.
f.        Produzir fé na divindade de Cristo, Jo 2):31.
g.      Produzir vida eterna, Jo 5:24.
Contém:
História, poesia, profecia biografia, arqueologia, mineralogia, Oceania, astronomia...
Nela está o boiadeiro, o rei, o profeta, o médico, o pescador, mestres...
"A Bíblia é o único livro que foi escrito por todos os materiais e em todos os métodos inventados pelo homem, pedra, bronze, prata, couro, ferro, barro...
Alguns testemunhos de que a Bíblia é a Palavra de Deus:
a.      Sua unidade.
b.      Sua divina inspiração. Expressões como: "Assim diz o Senhor", "E veio a mim a Palavra do Senhor". Há como 2:500 vezes.
c.      As profecias sobre a pessoa de Jesus.
d.      Informações científicas, Is 40:20-22; Jó 38:35; Ap 11:9; Na 2:34.
e.      Preservação maravilhosa.
f.        Seus nomes e títulos, Hb 4:14; 11Tm 2:15; Lc 24:32; Sl 1:2; Is 34:16.
g.      Experiências transformadoras daqueles que a tem lido.
A Bíblia é o único livro que tem a natureza de Deus em si mesma: Eternidade,
santidade, pureza, perfeição e verdade.
É o livro texto do pregador:
a.      A convicção do pecado pela pregação, At 2:14-37.
b.      A fé que possui o cristão, Rm 10:17.
c.      A pureza interior pela Palavra, 11Co 7:1.
d.      Segurança do cristão provém da Palavra, 1Jo 5:13.
e.      As raízes de nossa consolação, 1Ts 4:18.

Como estudar a Bíblia


Primeiro tem que se conhecer a Cristo pessoalmente em experiência, filiação e interiormente.
a.      É necessário depender do Espírito Santo, Ele é o mestre, revelador de segredos e o glorificador de Cristo.
b.      Amar o conhecimento. Conhecimento com humildade, sinceridade e com perfeito amor.
c.      É necessário cuidar da vida de oração. Orando falamos com Deus, o inspirador da Bíblia; então fazemos uso das chaves que abre as portas.
d.      É necessário um espírito obediente, ao que a Bíblia diz, ordena e proíbe.
e.      É necessário ser perseverante: Na leitura, meditação e na retenção do conhecimento; sem preguiça. "O diabo tenta todo mundo, mas, o preguiçoso tenta o diabo".
f.        É necessário ter fé. Fé para aceitar tudo o que a Bíblia afirma, para entender tudo o que ela ensina, e fé para descansar em tudo o que a Bíblia promete.
 

Dicas que podem ajudar

 
a.      Ao contar um testemunho não detalhe muito, ou então escreva um livro.
b.      Nunca olhe para uma só pessoa, ainda que sinta algo diferente (de Deus) ao olhar para essa pessoa. Lembre-se que você está pregando para todos.
c.      Nunca "vença" o povo pelo cansaço. Não obrigue o povo a dar glória ou aleluia só para satisfazer teu ego, ou para ter sensação que a tua prédica tem resultado.
d.      Não grite. Não confunda grito com eloqüência. Do tipo: (receba, receba recebaaaaaaaaaaaa!). ( Dá glória, Dá glória, Dá glória, Dá glóriaaaaaaaa!) ( Olhe o anjo, Olhe o anjo, Olhe o anjooooooooo!) ( Shiiiiiiiiiiiii, escuta o poder, escuta o poder shiiiiiiiiiii). "OGRITO É A MANIFESTAÇÃO CABAL DE QUEM NÃO TEM O ARGUMENTO".
e.      Não desrespeite os companheiros de púlpito, ou o pastor da igreja em que estás. (Aparentemente falar mal dos obreiros trás alegria aos descontentes).
f.        Faça o que te foi pedido para fazer, não invente nada.
g.      Não fique estático, você não é uma múmia; não fique pulando tanto, pois não és um palhaço. A comédia tem sua hora e se for bem colocada pode até ajudar a compreensão dos ouvintes e evitar o cansaço. Dizem que o pregador pode dar alguns passos para os lados e para trás, 4 vezes em 40 minutos. Imagine aqueles que gostam de pegar o microfone só para ficarem saracoteando no púlpito, exigindo "espaço" como se fossem dançar ou pular corda. A boa regra de Homilética diz que não se deve pegar o microfone na mão, a não ser se for necessário. (Toda regra tem exceção) Se você tiver boas palavras todos irão te ouvir.
h.      Observe se estás sendo ouvido; ser ouvido é uma coisa sendo entendido é outra. (Observe que você pode não estar agradando, mas, sendo ouvido, pois a Palavra de Deus sempre será perseguida, não querem ouvir). Mas não confunda. Um prego bem batido vale por dez tortos. O muito falar faz tropeçar.
i.        Nunca preencha lacunas com "amém" , "né", ou coisa assim.
j.         Não pronuncie palavras feias, de baixo calão, ridículas ou indecorosas. Treine seu vocabulário; as palavras ditas no quintal de sua casa não deve ser a mesma que você dirá no púlpito.
k.      Não cruze ,os braços ou debruce em cima do púlpito; púlpito não é cama.
l.         Antes de iniciar, enquanto assentado no púlpito, não fique conversando com os colegas de lado e nem escorando de um lado para o outro ou pernas abertas e, nem limpar as narinas (isso deve ser feito em oculto, no banheiro ou secretaria). Púlpito é exemplo de elegância e comportamento social, além de ser um lugar santo e de reverência.
m.    Púlpito é lugar de se pregar a Palavra de Deus, então pregue como se Deus estivesse em teu lugar.
n.      O teu próximo pode ser o teu espelho. É observando que se aprende. Tenha um espírito de crítica construtiva, e permita que te critiquem.
o.      Cuidado com as ondas e modismo de outros pregadores, antes de copiá-las, analise-as pela Palavra de Deus e os costumes gerais. A arte está em não copiar nada na integra, ou se tira algo, ou acrescenta-se algo.
p.      Aprenda ética ministerial para que saibas o teu limite.
q.      Cuidado com aqueles que gostam de dizer: "Deus falou para mim...."
r.        Cuidado para não dizer algo que machuque seus companheiros que estão na sua retaguarda, afinal o pastor local, seus obreiros, é que ficam anos e anos ali enchendo o templo para você ir lá pregar; portanto não estrague com 45 minutos o trabalho de meses ou anos. (ousadia não é estupidez)
s.      Não pense que porque está ali no púlpito você é melhor que todos os obreiros locais ou da região. (Quando saem dizendo: "Em tal região ou em tal campo não se tem pregadores.") Senão tivesse você não encontraria ali igreja ou templo para pregar.
t.        Por ultimo, não pregue por oferta, ou quantia estipulada que as vezes são absurdas. Lembre-se: "Se exijo o que mereço, sou medido pelo que sou; se confio na graça de Deus sou medido pelo o que Deus é."
Pregar é falar em lugar de Deus, é o próprio Deus falando. Não torne pouco as coisas de Deus. Somos apenas um canal. Que esta.


HOMILÉTICA III

INTRODUÇÃO
O obreiro precisa saber comunicar a Palavra de Deus com eficiência e de maneira clara. Surge então, a necessidade da Homilética.

I – PORQUE PREPARAR SERMÕES?
"Sermão é Deus quem dá". Por que há níveis diferentes de sermões? Por que há pregadores melhores que outros? Todos os sermões e todos os pregadores deveriam ser uniformes. Há culto narcisismo nos púlpitos. Quase todos os pregadores se acham bons e não gostam de ser corrigidos. Corrigir um pregador não significa duvidar de sua vocação. Há pregadores que encara o preparo do sermão como descrença no poder espiritual deles.
1. O valor da pregação
Helmut Thielicke, famoso pregador alemão, disse: "Onde quer que encontremos, hoje em dia, uma congregação cheia de vida, encontraremos no centro uma pregação cheia de vida". Com isto podemos entender que a pregação é a principal tarefa do pastor.

2. Definição de pregação
Brook – "É a comunicação da verdade por um homem a outros homens."
Pattison – "É a comunicação verbal da verdade divina com o propósito de persuadir."

3. Definição de Homilética
"É a arte de pregar sermões", "a ciência da pregação", "arte de fala religiosa". Do grego: "Homileo" (conversa, fala, em espírito de camaradagem).

4. Objetivo da Homilética
Ajudar na confecção de sermões para uma pregação mais eficiente. Isto porque beneficia o pregador (torna mais fácil a pregação do sermão) e beneficia o auditório (um sermão homileticamente preparado é mais assimilável). Muitos sermões falham por ser absolutamente sem ordem. As idéias são confusas e a pregação perde o sentido, por completo. Talvez chegue o tempo em que poderá dizer-se: "Felizmente a vida não é como o sermão do pastor, porque a vida, apesar de tudo, tem algum sentido, enquanto o sermão do pastor não tem nenhum".

5. A Homilética não é:
a) Substituta da vida espiritual;
b) Substituta do Espírito Santo;
c) Uma garantia de ministério eficiente.

6. A Homilética é:
a) Um auxiliar no estudo e análise do texto;
b) Um auxiliar na exposição de idéias;
c) Uma compreensão de que o sermão tem muito a ver com o pregador. O pregador é o sermão.
d) Uma compreensão de que Deus colocou no mundo recursos que devemos aproveitar. Inclusive os da ciência da comunicação verbal.

II – OBJETIVO GERAL DO SERMÃO
O objetivo geral é o propósito geral do sermão, a categoria a que ele se encaixa em termos de fim último. O que se pretende com um sermão? Ocupar o espaço no culto? Dar algum material para o povo pensar? Os ouvintes de um pregador ou são salvos ou são perdidos. A quem se destina o sermão? A ênfase no seu conteúdo se para os salvos, se para os perdidos, é o que determina o seu objetivo geral. São seis os objetivos gerais do sermão, conforme Crane. (El sermon eficaz pg. 57-75):
1) Evangelístico.
2) Doutrinário
3) Devocional.
4) Consagração.
5) Ética (ou moral).
6) Alento (pastoral). Destina-se a crentes e não crentes. 
1. Sermão evangelístico.
Sua finalidade é persuadir os perdidos a aceitarem Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Infelizmente, os sermões evangelísticos são, hoje, repletos de frases feitas: "Deus te ama", "Você pode morrer esta noite", "Vem agora", etc. No entanto, um sermão evangelístico pode ter um bom conteúdo (O evangelista não necessita de pobreza de idéias no cumprimento de sua missão). Quatro verdades devem se delinear no sermão evangelístico:
a) O homem natural está perdido;
b) A obra redentora é de Cristo;
c) As condições pelas quais o homem se apropria da obra redentora de Cristo;
d) A necessidade de uma decisão, se não pública, pelo menos no íntimo.

2. O sermão doutrinário.
Sua finalidade é instruir os crentes sobre as grandes verdades da fé e como aplicá-las, portanto, é didático. O dom de ensino era muito difundido no cristianismo nascente. Jesus era intitulado de "Mestre" e os seus seguidores de "discípulos". O sermão doutrinário atende quatro funções na vida da igreja:
a) Atende o desejo de aprender que existe na vida do crente;
b) Previne contra as heresias;
c) Dá embasamento à ação;
d) Contribui para o crescimento dos ouvintes e do próprio pregador.

3. O sermão devocional
Sua finalidade é desenvolver nos crentes um sentimento de amorosa devoção para com Deus, despertando sentimento de louvor.

4. O sermão de consagração
Sua finalidade é estimular os crentes a dedicarem talentos, tempo, bens, influência, vida, etc., ao serviço de Deus. Estimula a igreja para vocação, abertura de novos trabalhos, ofertas missionárias, etc.

5. O sermão ético ou moral
Sua finalidade é orientar os crentes para pautarem suas condutas diárias e relações sociais de acordo com os princípios cristãos. Assuntos que cabem aqui: Matrimônio, adultério, divórcio, justiça social, racismo, dignidade da pessoa.

6. O sermão de alento (ou pastoral)
Sua finalidade é fortalecer e alertar os crentes no meio de crises pessoais ou comunitárias. Focalizam o cuidado de Deus para com o seu povo e o livramento que o Senhor opera.

III - OBJETIVO ESPECÍFICO DO SERMÃO
É a aplicação do objetivo geral a uma determinada congregação. (Primeiro se encontra o objetivo geral e depois o objetivo específico). Há duas considerações aqui:

a) Para formular o objetivo específico é necessário compreender as necessidades da congregação;
b) A formulação do objetivo específico delimita o assunto do pregador, define o rumo em que ele vai seguir.

IV - CLASSIFICAÇÃO DOS SERMÕES QUANTO A ESTRUTURA
Geralmente os sermões pertencem a uma dessas três categorias:

. Sermão tópico ou temático.
Trata de um tópico e não de um texto bíblico em particular. As divisões derivam-se do tópico (ou tema).
. Sermão textual.
Trata do desenvolvimento de um texto bíblico, um ou dois versículos. As divisões derivam-se do texto.
. Sermão expositivo
Trata do desenvolvimento de um texto bíblico, geralmente longo. As divisões também se derivam do texto.

1.      Sermões Tópicos ou Temáticos

O que caracteriza o sermão tópico ou temático é o seu tema derivado do texto, mas as divisões são aleatórias.

Exemplo 1: "A palavra divina é a verdade" (João 17.17).
Na introdução o pregador mostrou como podemos crer na bíblia. Ela tem sido comprovada pelos séculos. A argumentação seguiu a partir daqui: A palavra de Deus é a verdade e isto está provado. Surgiram as três divisões:

I – PELA HISTÓRIA HUMANA
II – PELA CIÊNCIA
III – PELO SEU PODER

Observe cinco coisas:

1. Acertadamente, a idéia mais forte é a do último tópico. Grave bem isto.
2. As divisões nada têm a ver com o texto.
3. As divisões nada têm a ver com exposição.
4. As divisões derivam-se do tema ou tópicos.
5. As divisões são aleatórias, acidentais, arranjadas.

Exemplo 2: "Coisas a esquecer" (Filipenses 3.13)

I - VITÓRIAS
II - DERROTAS
III - PECADOS
IV - RIXAS
V - SOFRIMENTOS.

1.1 - Vantagens do sermão tópico ou temático.
a) Possibilita o aperfeiçoamento da retórica. É o sermão típico dos grandes oradores;
b) É fácil de elaborar, porque a unidade é construída conforme o desejo do pregador;
c) Agradam a muitos ouvintes "preguiçosos mentais", porque não exige reflexão;
d) Possibilita que se esgote o assunto ou que se o encerre de modo completo;
e) Permite a discussão de qualquer assunto, pois as idéias vêm de fora do texto.

1.2 - Perigos no uso do sermão temático ou tópico.
a) Negligenciar a exegese da palavra de Deus não aplicando-a;
b) Atrair a atenção para o pregador. É a inteligência, argumentação e oratória dele que funciona;
c) Pode levar a alegorização.

1.3 - Cuidados na confecção do sermão temático ou tópico
a) O tema deve ser claro, específico e expressivo, pois tudo dependerá dele;
b) Os argumentos devem vir em ordem progressiva. Inverta as divisões I e III do exemplo 1 e veja o que acontece;
c) Esquematize as divisões em uma das seguintes maneiras: explanação prova argumentação, aplicação. Esta é a melhor progressão.

2. Textuais Literais.

É quando as divisões são literalmente as palavras do texto. Podendo haver ligeira variação dos termos.

Exemplo 1: "Às graças permanentes" (I Coríntios 13.13)

I - A FÉ
II - A ESPERANÇA
III – O AMOR

Exemplo 2: "Às expressões do mundanismo" (I João 2.16)

I - A CONCUPSCÊNCIA DA CARNE
II - A CONCUPSCÊNCIA DOS OLHOS
III – A SOBERBA DA VIDA

Exemplo 3: "Cristo, o único mediador entre Deus e o Homem" (João 14.6)

I - O CAMINHO
II - A VERDADE
III – A VIDA

Na confecção do sermão pode se fazer perguntas ao texto: Quem? Que? Como? Por que? Para que?

Exemplo 1: "A busca do reino de Deus" (Mateus 6.33)

O que? (buscar) I – O REINO E A SUA JUSTIÇA
Quem? (deve buscar) II - VÓS, OS CRENTES
Quando? (buscar) III – EM PRIMEIRO LUGAR
Por quê? (buscar) IV - TODAS AS COISAS VOS SERÃO ACRESCENTADAS.

Exemplo 2: "Dai graças" (Efésios 5.20)

A quem? I - A DEUS, O PAI
Como? II - EM NOME DE NOSSO SENHOR JESUS
Quando? III - SEMPRE
Em que circunstâncias? IV - POR TUDO

3. Textuais Livres.

É quando as divisões expressam os sentidos das palavras do texto em termos diferentes.

Exemplo 1: "A purificação dos pecados" (I João 1.7)

I - É OBRA DIVINA (de Jesus Cristo)
II - É OBRA PRESENTE (nos purifica)
III – É OBRA PESSOAL (nos purifica)
IV - É OBRA PERFEITA (de todo o pecado)

Há uma expressão chave nas quatro divisões, qual é?

Exemplo 2: "As Escrituras Sagradas" (Oséias 8.12)

I - SEU AUTOR (Eu lhes escrevi)
II - SEU CONTEÚDO (As grandes coisas da lei)
III – SUA REJEIÇÃO (Coisas estranhas)

Observe: a) O título é muito geral
b) Há uma palavra chave nas divisões
c) O sermão é negativo, deve exigir grande esforço do pregador para dizer algo construtivo.

4. Sermões Expositivos.

Sermão expositivo consiste na explicação ou explanação de um trecho das escrituras. Não o confunda com homilia.

4.1 - Suas limitações
a) É difícil manter a unidade e a concatenação das idéias
b) Os assuntos não são tratados de um modo lógico e completo.

4.2 - Suas vantagens:
a) Foi o método dos tempos apostólicos
b) Exige estudo sério da palavra de Deus (é benção para o pregador e é bênção para a igreja – é a melhor maneira de edificar a igreja)
c) Obriga-se a tratar de assuntos que de outra forma ficariam esquecidos.
d) Presta-se a uma série de sermões bíblicos. Aplica-se uma série de passagens doutrinárias, devocionais, evangélicas, parábolas, milagres, incidentes históricos e séries de sermões.

4.3 - Suas exigências:
a) É necessário determinar o texto. O texto precede o sermão. Diferença de um sermão temático e um expositivo, neste sentido.
b) É necessária a exegese do texto. Dá mais trabalho
c) É preciso descobrir o assunto principal ou a lição principal
d) As divisões devem se relacionar com o tema principal
e) Deve-se evitar a multiplicação de minúcias, de detalhes desnecessários
f) Não gastar tempo demasiado explicando pontos difíceis
g) Não multiplicar a citação de passagens paralelas.

Exemplo: "O remédio para a condição humana" - (Ef 2.1-10)

I - A condição espiritual do homem natural está descrita em nosso texto sob três figuras:
1. O homem natural está morto - "morto em delitos e pecados"
2. O homem natural está preso por uma trindade infernal:
a) Segue o curso deste mundo
b) Vive nos desejos da carne
c) Obedece ao príncipe das potestades do ar
3. O homem natural é um réu condenado - "filho da ira"

II - Para esta terrível condição Deus proveu um remédio adequado que nosso texto descreve em três maneiras:
1. É um remédio de amor – "pelo seu muito amor com que nos amou."
2. É um remédio de poder – "nos ressuscitou juntamente com Ele."
3. É um remédio de graça – "porque pela graça sois salvos."

Conclusão
a) Este remédio nos é oferecido somente em Cristo
b) Este remédio pode ser nosso pela fé.
c) Os resultados da aplicação deste remédio serão motivo de contemplação e de louvor a Deus por toda a eternidade (Veja v. 7)
d) Deve por isso, ser aceito agora mesmo.  
Observe:
a) Bom título (que pode ser melhorado)
b) Nas subdivisões, as palavras chaves
c) A boa estrutura da conclusão

V - O ASSUNTO E O TÍTULO DO SERMÃO

1. Fontes para o assunto do sermão
a) As Escrituras - Durante o estudo pessoal ou assunto devocional, textos procurados para servir de base a assuntos previamente escolhidos.
b) A experiência do povo e do pregador. Problemas humanos concretos.
c) Calendário da igreja, da denominação, do país.
d) Momento histórico: - Fatos relevantes acontecidos no mundo. " em quem votar? " (Js 24.15) . "A eleição do rei" ( Dt. 17.14-20) do Pr Éber Vasconcelos.

2. O título do sermão
É o nome do sermão. É o condensado de um título, numa expressão.

3. A necessidade de um título
a) Auxilia o pensamento do pregador na preparação do sermão
b) Auxilia a congregação a entender o que o pregador quer dizer. É bom que o povo saiba para onde vai andar.

4. Qualidades de um bom título
a) Clareza - Deve permitir que o ouvinte saiba o que vai ser tratado. O que significa "Prolegômenos pneumatológicos”?
“Conjunto das noções preliminares de uma ciência sobre o Espírito Santo”
b) Específico - Não deve ser genérico. Salvação, Deus, universo, etc.
c) Brevidade - De duas a sete palavras
d) Adequado ao púlpito - Considere-se o que é a pregação o que é o púlpito e qual o ambiente em que se prega.
e) Relevância - Deve ter relação com a vida do povo. Qual é o melhor "A vida de José" ou "A fidelidade de um jovem crente?" O que nos diz mais respeito "como Abraão se portou" ou "Porque devemos obedecer a Deus”?
f) Originalidade - Um bom: "O direito de rejeitar a Cristo" (Tiago Lima). Não confunda com sensacionalismo, irreverência ou vulgaridade.

5. Exemplos de títulos negativos:
a) "O homem que perdeu a cabeça num baile" (João Batista)
b) "Raposas com lanterna traseiras acesas" (Sansão)
c) "O pecador está frito" (o rico Lázaro)
d) "O homem que caiu do cavalo" (a conversão de Saulo)

6. Como redigir o título
a) Ter em mente que o título vai ser "dividido". Deve haver um elemento "divisível" no título.
b) Tornar o título em uma preposição.
Exemplo: Sermão em Lc 9.23 (é preciso morrer), um sermão sobre o discipulado.

7. Como formular o titulo
a) Quais métodos podem ser usados para conseguir um título agradável?
b) Usando o sistema de palavras-chaves. Uma palavra que dá rumo à discussão. Em cada divisão, a palavra-chave deve aparecer.

Exemplo 1
Livro - El Sermon Eficaz (Spanish Edition)
"O poder do evangelho" - Rm 1.16 (Crane pag. 131)  
I - O evangelho é poder divino
II - O evangelho é poder salvador
III - O evangelho é poder universal

Exemplo 2
"Os efeitos do companheirismo de Jesus" At 4.13 (Crane)
I - O companheirismo com Jesus humilha
II - O companheirismo com Jesus transforma
III - O companheirismo com Jesus capacita
IV - O companheirismo com Jesus ilumina
V - O companheirismo com Jesus imortaliza

7.1 Formulando o título em uma interligação - Uma pergunta expressa o título. As divisões irão respondê-la.
Exemplo 1
"Por que amamos a Deus"? Sl 116.1-8 (Carne)
I - Porque nos escuta quando clamamos por Ele
II - Porque nos tem livrado da morte
III - Porque nos consola nas tribulações
IV - Porque nos guarda do tentador

7.2 -Formulado o título de forma imperativa. O título é uma ordem. Um mandamento. Esta ordem vai estabelecer o rumo da discussão. Há quatro caminhos a seguir quando se usa um título imperativo.

1º) O que significa a ordem. Veja o exemplo de Crane: (p. 134)
"Tem cuidado da doutrina" – (I Tm 4.16)
I - Ter cuidado da doutrina significa defendê-la
II - Ter cuidado da doutrina significa ensiná-la
. Observe: a ordem, se invertida, melhorará a argumentação.

2º) As razões pela quais se deve obedecer à ordem dada. Veja o exemplo de crane: (p.135)
"Sede Santos" – (I Pe 1.13-21)
I - Devemos ser santos por lealdade ao nosso Pai
II - Devemos ser santos por temer o juízo
III - Devemos ser santos por amor ao salvador

3º) Como Cumprir a ordem. Veja-se o exemplo de crane ( p. 135)
" Fazei discípulos de todas as nações" Mt 28.19
I - Podemos fazê-lo se somos fiéis no testemunho pessoal no lugar em que o Senhor nos colocou.
II - Podemos fazê-lo se somos fiéis em orarmos por avivamento mundial.
III - Podemos fazê-lo se somos fiéis em contribuição para o sustento da obra missionária.

4º) O sermão como o título imperativo pode ter uma combinação dos métodos descritos. Veja-se o exemplo de Crane ( p. 135)
"Crescei na estatura espiritual" - II Pe 3.18
(abreviado sem subdivisões)
I - O que significa crescer espiritualmente?
II - Porque devemos crescer espiritualmente?
III - Como devemos crescer espiritualmente?

7.3 Formulando o título em forma de proposição. O título é uma declaração. Há caminhos pelos quais o pregador pode enveredar.

1º) O que a proposição significa. Veja-se este esboço de Spurgeon (citado por Crane, p. 136)
"Ao Senhor pertence a salvação" - Jn 2.9
I - A origem da salvação pertence ao Senhor
II - A execução da salvação pertence ao Senhor
III - A aplicação da salvação pertence ao Senhor
IV - A sustentação da salvação pertence ao Senhor
V - O aperfeiçoamento da salvação pertence ao Senhor

2º) Provar que a proposição é certa. Veja-se o exemplo de Crane ( p.136)
" A ordem constante do povo do Senhor é: adiante !" Ex 14.15
I - Ir adiante na obra do Senhor e um dever iniludível
II - Ir adiante na obra do Senhor é uma necessidade imperiosa
III - Ir adiante na obra do Senhor é possibilidade gloriosa

3º) Uma combinação dos dois métodos anteriores. Veja-se o exemplo de Crane (p. 137-8)
" Nada há perigoso como cristianismo falso" - Hb 5.1-11
I - Vejamos o que é o cristianismo falso ( seguem-se 3 sub-divisões )
II - Vejamos o que faz o cristianismo falso ( idem)

8. Como enunciar o título
a) Antes da leitura bíblica
b) Após a leitura bíblica
c) Após a introdução.

VI - O TEXTO DO SERMÃO
Definição: Texto é a passagem bíblica que serve de base para o sermão.

1. Necessidade e vantagens do uso do texto
a) Está de acordo com a natureza da pregação: ensinar a palavra.
b) É vantajoso para o povo: ouvir a palavra.
c) Dá autoridade ao pregador: vai falar da Bíblia
d) Valoriza o pregador: é conhecedor da Bíblia.
e) Auxilia na variação de assuntos: "garantia de estoque inesgotável de assuntos"
f) Auxilia na determinação da estrutura do sermão
g) Leva o povo a crescer no conhecimento da Bíblia

2. Escolhendo o texto
2.1 Quatro regras negativas:
a) Evite o uso de texto de autenticidade duvidosa: Jo 8.1-11, At 9.6, I Jo5.7
b) Cuidado com textos obscuros ou contra vertidos: Rm 7.10-11, I Pe 3.18-20. Escolha textos claros e simples sobre os quais você pode falar. Se usar texto obscuro e contra vertido, estude-o muito e fale claramente. Explique e aplique. Sua função é esclarecer e não obscurecer.
c) Cuidado com textos repugnantes: Jz 3.24, II Pe 2.22 e Ap 3.16
d) Cuidado com textos cuja tradução seja disputada: Jo 5.39, no caso de usar o verbo no imperativo.

2.2 Seis regras positivas:
a) Escolha um texto que tenha falado ao coração do pregador
b) Delimitar o texto de tal forma que contenha uma unidade completa de pensamento
c) Ter em mente as necessidades dos ouvintes
d) Seguir o calendário cristão na medida do possível
e) Usar textos de todos os livros da Bíblia
f) Via de regra, limitar-se a um só texto para cada sermão. Em caso excepcional, mais de um. Manter a unidade de pensamento.

3. O texto e a idéia do sermão
O texto bem escolhido é aquele que apresenta a idéia central do sermão em uma sentença clara e definida.
A idéia do sermão pode ser tirada diretamente do texto. Por exemplo: Em João 3, "A necessidade do novo nascimento". Que idéia você tiraria para o Salmo 23 e em João 20?
A idéia do sermão pode ser achada por referência. Quando Paulo fala sobre carne sacrificada aos ídolos. "A importância da influência cristã".
Pode ser analogia. Mt 18.15-17 é uma passagem sobre relacionamento pessoal, mas pode ser usada para falar sobre "Como evitar a guerra?".

4. O texto e o planejamento da pregação
Deve haver oração e dependência do Espírito Santo. Estabelecer um programa de ensino. A pregação eclesiástica contemporânea é dispersiva quanto aos temas. O plano pode ser mensal, trimestral ou anual. Pode-se usar o calendário cristão, da igreja ou denominação. Deve-se ter em mente a situação da comunidade e do mundo. Pode relacioná-los com assuntos da Escola Bíblica Dominical. Estabelecer uma série de sermões sobre um assunto, uma vez por ano. Pode ser sobre um livro da Bíblia, uma série de passagens, etc... (Crane 263)

5. A interpretação do texto
Definição: “Interpretação é o esforço de uma mente em seguir os processos mentais de outra mente por meio de símbolos que nós chamamos linguagem".
5.1 -  Passos na interpretação do texto
a) Conhecer o autor e sua situação - Salmos 32 e 51, de Davi.
b) Usar dicionário bíblico.
c) Os leitores e o meio ambiente - Cartas às igrejas do Apocalipse, o gnosticismo.
d) A ocasião e o propósito do autor - Tiago e Pedro sobre Abraão.
e) As condições geográficas, políticas, econômicas e sociais - Maria era noiva de José, mas chamada de esposa.

6. O texto e seu contexto
a) Próximo - O imediato, antes ou depois
b) Remoto - O livro, a Bíblia sobre o assunto.
c) Principio da revelação progressiva. (do pouco claro ao muito claro)

7. O texto e sua análise
a) É preciso conhecer os sentidos das palavras. É poesia? Linguagem figurada? O uso de dicionários e léxicos. Fee & Stuart, Entendes o que lês?
b) É preciso recriar, tanto quanto possível, a vivência da passagem. Conhecer aquela cultura.
d) É preciso entender a relação entre as palavras. Graça e fé, por exemplo.

8. O texto e suas verdades
a) Enunciar a verdade central em uma proposição clara e correta
b) Fazer uma lista das verdades significativas do texto
c) Ordenar as verdades em grupos comuns
d) Aplicar essas verdades às necessidades dos ouvintes. (Ver Robison, em A Pregação Bíblica, p. 19.)

9. O texto e seu estudo
a) Estudar o texto em várias traduções em português (VR, BLH, ERAB, BJ, BV, BL)
b) Examinar outras traduções
c) Examinar o texto grego ou hebraico
d) Dar sua própria interpretação
e) Examinar outros recursos na biblioteca, inclusive comentários
f) Relacionar com a vida de hoje

VII - A ESTRUTURA DO SERMÃO
Como organizar a matéria: Estrutura = esboço = plano. O material do sermão deve ser disposto em ordem. Isto exige talento e treino. É necessário a imaginação construtiva. Mas, uma estrutura é indispensável.

1. A importância da estrutura
a) Para o pregador: Por os pensamentos nos lugares devidos. A falta de ordem leva à digressão, a repetição e à falta de clareza.
b) Para os ouvintes: Uma boa estrutura ajuda: A compreensão - o que foi mesmo que o pastor pregou?
c) A aceitação - é convincente
d) A retenção - é fácil de lembrar.

2. As características de uma boa estrutura
a) Unidade: Uma só mensagem de cada vez. Geralmente é preciso decidir o que omitir.
b) Ordem: As idéias devem ter uma seqüência. Devem caminhar para um clímax.
c) Equilíbrio: Deve haver proporção ou simetria entre as partes. Às vezes, não dá tempo para concluir.
d) Progresso: O caminho para o clímax é linear cíclico.

3. Elemento componente da boa estrutura
Dependendo do estilo do sermão, os componentes sofrem variações. Em regra geral, são:
a) Introdução (exórdio) - apresentar o assunto e também a linha de raciocínio.
b) Proposição ou tema: O que vai ser discutido.
c) Divisões.
d) Conclusão (preparação, desafio)
e) Apelo

4. A introdução
Tudo neste mundo tem uma introdução: entrada, pórtico em casa, peça musical, o prefácio de um livro.

4.1 – Objetivos da introdução
a) Preparar o ouvinte para receber a mensagem. Os ouvintes estão frios e despreparados.
b) Preparar o ouvinte para entender o assunto e o propósito do sermão. A "introdução introduz" o assunto do sermão.

4.2 – Características de uma boa introdução
a) Interessante, porém não estapafúrdia nem sensacional nem exagerada
b) Breve, porém não abrupta
c) Apropriada à ocasião, à mensagem. Deve ter estreita relação com o texto e o tema do sermão
d) Cordial, porém não bajuladora
e) Clara, sem antecipar os fatos. Não dizer demais logo no início
f) Modesta, não prometer demais. Não adornar demais

4.3 – Tipos de introdução
a) Introdução textual. Pode preceder a leitura do texto. Se for um sermão textual, pode e deve ser repetido o texto. Explicação de fatores de importância relacionados com o texto.
b) Introdução contextual. Os antecedentes, por exemplo. O caso da parábola do filho pródigo: são três parábolas sobre a alegria de Deus
Introdução descritiva. A descrição dramática. Sermão sobre Bartimeu.
Introdução do tópico ou assunto. Anúncio do assunto e talvez definição de palavras do texto.
c) Introdução de problema. Todo sermão deve Ter como objetivo a solução de um problema humano, vital e importante.
d) Introdução de objetivo. Sermão sobre "Regresso à disciplina": "O nosso mundo hoje nos confronta com pelo menos uma necessidade elementar: A necessidade de disciplina"
e) Introdução de citação. Citação notável da bíblia, dos jornais, de conversas, da literatura, de poesia, etc.
f) Introdução de ilustração. Leonardo da Vinci: O quadro da ceia do senhor
Introdução de manchetes. As manchetes de jornais.
g) Introdução de experiência. Experiência pessoal do pregador, de outrem. Carta ou entrevista.
h) Introdução de perguntas. "O que querem vocês aqui?"
i) Introdução de ocasião especial referência a ocasião especificada.
j) Introdução de estatística. (Cuidado com "chutes")
Obs.: Nunca usar introdução com declaração geral, generalidade. "O mundo está em crise". Evite a banalidade.

4.4 – Orientações práticas
a) Ao iniciar, não peça desculpas.
b) Não procure ser engraçado. "Sabem por que Pedro traiu a Jesus?"
c) Não "rasgue ceda" Agradecimentos e salamaleques à parte
d) Não comece com tom fortíssimo
e) Não comece sempre da mesma forma. Gaste tempo no preparo de uma boa introdução. Seja caprichoso. Fuja das frases feitas
f) Seja breve ao referir-se "ao prazer de estar aqui"
g) Evite a introdução "tamanho único" (serve para qualquer sermão)
h) Cuide bem das primeiras frases. Ou se ganha ou se perde a atenção aqui
i) Concluída sua introdução, mencione claramente o tema ou proposição do sermão.
j) Não discuta, na introdução, o assunto do sermão. Introduza o assunto.
k) Deixe a forma final da introdução para a parte final da preparação do sermão.

5. As divisões do sermão
5.1 A vantagem das divisões
A divisão do tema assegura a unidade do sermão. As idéias são colocadas em ordem. Um tema pode ter várias idéias.

5.2 Efeitos
"O que a incredulidade ocasiona?" Nm 14. 1-11
5.2.1 - A incredulidade denigre o caráter de Deus
5.2.2 - A incredulidade envilece o caráter do homem
5.2.3 - A incredulidade prejudica a obra de Deus
5.2.4 - A incredulidade provoca a ira de Deus
5.3 Razões que apóiam uma tese
5.3.1 - Somos ricos porque recebemos o perdão de nossos pecados
5.3.2 - Somos ricos porque os recursos de Deus estão a nosso favor
5.3.3 - Somos ricos porque as glórias dos céus nos estão reservadas
5.4 Meios para alcançar um fim
"Os requisitos do crescimento espiritual" – II Pe 3.18
5.4.1 - Primeiro requisito do crescimento espiritual é o de uma alimentação adequada.
5.4.2 - Segundo requisito do crescimento espiritual é o de uma atividade apropriada.

5.5 Significados de algo
"Uma vida digna do evangelho" Fp 1.27-30
5.5.1 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de paz
5.5.2 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de combate
5.5.3 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de fé
5.5.4 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de amor.

5.6 Perguntas: Que, Quem, Como, Quando, Onde, Por quê?
Exemplo: "Nossa ordem de marchar" Ex 14.15
5.6.1 - Por que devemos marchar?
5.6.2 - Como devemos marchar?
5.6.3 – O que nos espera em nossa marcha?

5.7 Justaposições de dois conceitos: contrastes ou complementação
"Uma pergunta importante e uma resposta certa" At 16. 25-34
5.7.1 - A pergunta importante foi "que devo fazer para ser salvo?"
5.7.2 - A resposta certa foi: "crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo"

5.8 Aspectos do texto. "Ao fato central da história do mundo" Gl 4. 4-5
5.8.1 - Ele nos diz que o tempo escolhido por Deus para enviar Seu Filho ao mundo foi um tempo propício.
5.8.2 - Ele nos diz que o método adotado por Deus para enviar Seu Filho ao mundo foi um método apropriado.
5.8.3 - Ele nos diz que o propósito com que Deus enviou Seu Filho ao mundo foi um propósito adequado.

5.9- Desenvolvimento cronológico. "Deus, o nosso libertador" Rm 11.26.
5.9.1 - No passado
5.9.2 - No presente
5.9.3 - No futuro.

5.10 Problemas = Solução. Uma divisão é a resposta da outra "A busca humana por Deus" Jo 6.68.
5.10.1 - Para quem iremos nós?
5.10.2 - Tu tens palavra de vida eterna.
5.11- Conteúdo das divisões. O que se deve dizer em cada divisão? Como encher cada uma?
5.11.1 - Fazer perguntas à divisão
5.11.2 - Expor ou explicar termos: Definições, narrações, descrição, provar a tese da divisão, etc.
5.11.3 - Argumentar, responder objeções, levantar e responder objeções
5.11.4 - Ilustrações Bíblicas e seculares: Exemplo a imitar e evitar.
5.11.5 - Citações Bíblicas
5.11.6 - Experiências
5.11.7 - Aplicar e exortar
Obs.: Cuidado para não explicar demais, entrando em minúcias desnecessárias que não coadunam com o propósito do sermão. Quando citar grego e hebraico, faça-o com jeito para não ser pernóstico. Não seja pedante não faça citação em outros idiomas.



VIII - ILUSTRAÇÕES
1. Necessidade.
1.1 - É um meio pedagógico eficiente.
1.2 - Auxiliam a memória. O povo se lembra mais das ilustrações do que das argumentações. Um pastor pediu a vinte pessoas que escrevessem sobre o que se lembravam do sermão que pregara. Um ou dois se lembraram do esboço; quase todos se lembraram da história final.
1.3 - Foi o método usado por Jesus para ensinar. A projeção da parábola do filho pródigo
1.4 - Ajudam a convencer
1.5 - Despertam reação emotiva. Há histórias a que convém evitar "apelações".

2. Tipos de ilustrações
2.1 - Linguagem pictórica, Metafórica, Alegorias. Exemplo Jr 2.12-17
2.2 - Histórias ou narrativas. Um fato histórico. Um incidente, uma experiência, uma parábola, etc.
2.3 – Poemas.
3. Fontes de ilustrações
3.1 - A Bíblia. Material abundante, familiar, de autoridade, de valor permanente
3.2 - A literatura, Biografias, Autobiografias, Ficções, Drama, Poesia, Fábula, Mitos e Lendas
3.3 - Experiências pessoais do pregador
3.4 - A história secular, a história eclesiástica, a história da teologia, a história contemporânea, os jornais e as revistas
3.5 - A ciência
3.6 - As artes. Histórias de hinos, citações de livros, versos, estrofes, pinturas, etc.
3.7 - Imaginações do pregador
3.8 - Arquivos de ilustrações.
4. Código de ética para ilustração. Robert Butler, em "Administração Eclesiástica", V 10, nº 10, nº 2, pág. 19,20.
4.1 - "Eu resolvi nunca usar uma ilustração do gabinete de aconselhamento"
4.2 - "Eu resolvi usar ilustrações que envolvam minha família com muita cautela e consideração"
4.3 - "Eu resolvi evitar a ilustração muito usada"
4.4 - "Eu resolvi evitar piadas e histórias que são irreais"
4.5 - "Eu resolvi fugir de engrandecer a mim mesmo nas minhas pregações"
4.6 - "Eu resolvi nunca pregar muitas ilustrações"
4.7 - "Eu resolvi apresentar ilustrações honestas"
4.8 - "Eu resolvi me esforçar para dar o devido crédito a uma ilustração"
5. Qualidades de uma boa ilustração.
5.1 - Facilmente entendida, compreensível
5.2 - Pertinente ou apropriada. Ilustra o ponto em questão ou não?
5.3 – Atual, o mais possível
5.4 - Digna de crédito
5.5 - Breve, geralmente o máximo de 100 palavras
6. Sugestões práticas
6.1 - Não usar número excessivo de ilustrações. Qualidade, não quantidade
6.2 - Variar a natureza das ilustrações
6.3 - Cultivar a arte de contar histórias
6.4 - Ser preciso. Cuidado com nomes, fatos e datas
6.5 - Não exagerar. Não "aumentar" a ilustração
6.6 - Preparar a ilustração com cuidado
6.7 - Não abusar das ilustrações do Toninho, da Mariazinha, da Menininha, etc.

IX - A CONCLUSÃO

De grande importância. Põe abaixo ou salva o sermão. É aonde se chega a uma decisão. Muitas vezes o auditório vê o sermão se esfumaçar no fim. Não deve ser um amontoado de frases, mas o clímax do sermão. O ponto alto.
1. Cuidados a tomar
1.1 - Prepare-se, não negligencie. Esboço visto! "conclusão: O que vier na hora". Pode se esperar algo do pregador preguiçoso?
1.2 - Evitem a pobreza mental e fuja do medo de levar os ouvintes à decisão
1.3 - Evite a "conclusão de afogado": "batendo no ar", para todos os lados
1.4 - O tempo: Não mais de 10% do sermão
1.5 - Não acrescentem matérias novas, idéias diferentes
1.6 - Não peça desculpas. É ruim no início e pior no fim
1.7 - Não conte piadas. É o momento mais sério do sermão
1.8 - Cuidado com gestos que distraem: olhar o relógio, fechar a Bíblia, recolher o esboço, falar enquanto folheia o hinário, buscar um hino a ser cantado, etc.
1.9 - Variem as conclusões, evite monotonia
2. Qualidades de uma boa conclusão.
2.1 - Ter unidade. Não ser múltipla
2.2 - Devemos ser claras e breves
2.3 - Deve ser pessoal, personalize o sermão. Cada ouvinte deve saber que está se falando para ele. Deve o ouvinte se perguntar: "Muito bem, à luz disto, que devo fazer?". Evite o festival de banalidades: "que possamos ser crentes melhores", "que Deus nos abençoe". Isto não quer dizer nada.
2.4 - Devemos ser positivas
2.5 - Devemos ser vigorosas (Não quer dizer violenta agressiva). Deve ter vida, mas deve ser amorosa.
3. Estrutura da conclusão
A conclusão, normalmente, deve conter um dos três elementos, como estrutura: recapitulação, aplicação, apelo.
3.1 - Recapitulação – A introdução mostra "aonde vamos". A conclusão "onde fomos". É um sumário das divisões do sermão.
3.2 - Aplicação – Outra maneira de se elaborar a estrutura da conclusão é aplicando a mensagem ao ouvinte. O sermão deve vir todo ele, em seu desenvolvimento sendo aplicado. Aqui a aplicação estaria fortemente colocada na mensagem.
3.3 - Apelo – Para decisão íntima ou pública. Toda a conclusão giraria ao redor do apelo, que pode ser para decisões, consagração, prática das virtudes cristãs, dedicação à obra, etc.
4. Tipos de conclusão
O pregador caprichoso variará as maneiras de concluir seus sermões. Eis alguns tipos de conclusão:
4.1 - Com poesia ou hino – Que se encaixe ao conteúdo da mensagem.
4.2 - Com contrate – Sermão sobre a volta de Cristo: "você será levado ou será deixado?"
4.3 - Com apelo à imaginação – Sermão sobre o natal: "O último natal"
4.5 - Com final abrupto
4.6 - Com oração
4.7 - Com demonstração – Mostrando como praticar a verdade pregada
4.8 - Com perguntas – Mas evite a generalidade ou banalidade de "Será que estamos fazendo isso?"
4.9 - Com a repetição do texto – Mas levando em conta a necessidade do desafio. Que deve ter em toda conclusão.
X - BONS HÁBITOS NA PREGAÇÃO
A pregação não é apenas o sermão: é também o pregador. Alguns maus hábitos podem comprometer o sermão. O pregador deve tomar cuidado para evitar tais costumes e maneirismo.
1. Postura ereta. Não se deite sobre o púlpito nem se acorcunde.
2. Cuidado com a aparência: O uso de óculos escuros em recinto fechado e à noite, é triste. O pregador descabelado, com barba por fazer, colarinho virado, sapatos enlameados, meia verde?
3. Cultive o idioma: A pregação é comunicação oral. Conheça pelo menos o seu idioma. É sua ferramenta
4. Cuidado com regionalismo: "Botão, mucidade, cruis de Jesuis, dolze, irrael, etc." etc.
5. Use seu próprio estilo: Seja você mesmo. Não copie. O uniforme de Saul não coube em Davi.
6. Fale toda a palavra: Não engula os "r" e os "s" não engula as sílabas finais. Evite as sujeições "eles tão" ao invés de "eles estão".
7. Aprenda a ler: Pratique a pontuação correta, dê entonação, viva os diálogos do texto.
8. Fale às pessoas: Olhe para elas. Paredes, bancos, teto e chão não se convertem nem aprendem.
9. Fale com o corpo: Use expressão facial condizente. Evite a "cara de mau". Use ambas as mãos. Não oscile o corpo para trás e para a frente. Tão pouco se levante constantemente na ponta dos pés. Evite o dedo indicador apontando para o ouvinte.
10. Module a voz: Deve ser de acordo com o ambiente. Não é o grito. É a consistência e convicção.
11. Evite os vícios de linguagem: - "né", "intão", "é interessante notar", "aí", etc.
12. Evite chavões: Como acompanhar um sermão de 30 minutos com mais de 60 "aleluias" e "glórias a Deus?"
XI - PRECIOSOS PERTINENETES A PREGADORES
1. Descanse bem todas as noites e barbei-se todas as manhãs.
2. Mantenha um coração puro e renove o colarinho limpo.
3. Em sua vida brilhe a luz do evangelho e em seus pés sempre brilhe os sapatos.
4. Não deixe passar oportunidades, mas mande passar seu terno.
5. O mar Cáspio fica bem entre a Europa e Ásia, mas a caspa fica mau na gola do seu paletó.
6. Seja pobre de espírito, mas não de vocabulário.
7. Procure a casa dos homens para que os homens procurem a casa de Deus.
8. Contente-se com o que tem, mas não com o que é.
9. Perdoe as dívidas dos seus devedores, mas não se endivide e ganhe os seus credores.
10. Unhas esmaltadas podem ser criticadas, mas sujas são sempre apontadas.
11. Ir à frente é melhor do que empurrar para frente.
12. A consistência é mais forte do que a eloqüência.
13. Busque a Deus antes, para estar vivo diante dos homens.


PREPARANDO SERMÕES

1. Sermão Topical ou Temático.
Como já estudamos, o sermão Topical é aquele cujas divisões são derivadas do Tema. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão Topical é a utilização das perguntas básicas?
Por quê? Quando? Como? Onde? O que?
Obs. Estas perguntas deveram ser feitas ao texto e não as pessoas.
Confissão
I João 1:9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
I - O que devemos confessar?
A ) Nossos pecados
B ) O Nome de Jesus
C ) O poder de Deus
II - Como confessar?
A ) Com sinceridade
B ) Com fé
III - Quando devemos confessar?
A ) Agora mesmo
B ) Ao ouvir a Palavra de Deus
IV - Qual o resultado da confissão?
A ) Paz
B ) Perdão
C ) Comunhão
Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .
Tema: O Cristo que não muda
Texto: Hebreu 13:8 Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
I - O que não muda em Cristo?



II - Por que não há mudança em Cristo?





Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema : O Cristo Maravilhosos
Texto : Isaias 9:6 E o seu nome será Maravilhoso.









2. Sermão Textual

Como já estudamos, o sermão textual é aquele cujas divisões e derivada do texto.
Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento é utilizar as divisões do próprio texto.
A entrada
João 10:9 Eu sou a porta, se alguém entrar por mim salvar-se-á
I - Eu sou a porta.
A ) Da Salvação
B ) Da felicidade
C ) Estreita
II - Se alguém entrar por Mim
A ) Não há acepção de pessoas
B ) A única entrada
III - Salvar-se-á
A ) Uma decisão própria
B ) Da perdição eterna






Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .
A postura do cristão
Salmo 1:1 Bem aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
I – Bem aventurado



II - O varão que não anda segundo o conselho dos ímpios



III - Nem se detém no caminho dos pecadores



IV - Nem se assenta na roda dos escarnecedores








Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema : Olhar para Jesus
Texto: Hebreus 12:2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé...





















3. Sermão Expositivo
Como já estudamos, o sermão expositivo é aquele cujas divisões estão inseridas no fato narrado. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão é a descrição do episódio.
O encontro com a vida
Lucas 7:11-17
I - A multidão que seguia a Jesus
A ) Pessoas desejosas
B ) Pessoas com esperanças
C ) Pessoas alegres
II - A multidão que seguia a viúva
A ) Pessoas entristecidas
B ) Pessoas sem esperanças
C ) Pessoas inconformadas
III - O encontro da vida com a morte
A ) A vida é uma autoridade
B ) A morte se curva ante a vida
IV - O resultado do encontro
A ) A ressurreição do jovem
B ) A alegria da multidão entristecida
C ) A edificação da multidão que seguia Jesus
D ) A conversão de muitos




Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .
A mulher Samaritana
Texto: João 4:1-42
I - O encontro com a mulher



II - O diálogo



III - O testemunho da mulher



IV - O resultado do testemunho









Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos
Tema: A cura de Naamã
Texto: II Reis 5:1-14





















Bibliografia
Homilética Prática
Thomas Hawkins
Jurp
Esboços Bíblicos
Adelson D. Santos
Manual para Pregadores
Equipe Sean
Vida Nova
Manual da Escola Dominical
Antonio Gilberto
CPAD
Dicionário de Teologia
Vida Nova
Bíblia Sagrada
Várias versões
Apontamentos de Aula
El Sermon Eficaz (Spanish Edition) [Paperback]

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